domingo, 12 de fevereiro de 2017



Até sempre Zito!
Ao companheiro do “Blog”. «Arrozcatum»
Do Zito guardo a lembrança do seu indesmentível afecto por Mindelo, sua terra considerada e na extensão, à ilha Brava por causa do amor/eleito pela mulher, natural da ilha de Eugénio Tavares, o poeta/compositor de quem o Zito tão bem entoava as mornas.
Neste momento, as palavras devem ser contidas e, se calhar, melhor “falará” o nosso silêncio carregado de boas memórias dos textos do «Arrozcatum» ponto de encontro e de são convívio criado pelo Zito, de seu nome completo: José Manuel Faria de Azevedo.
Mindelo foi a sua terra. Terra onde se criou, estudou, trabalhou e fez-se homem.  Ali casou e teve os filhos.
Não correria em grandes margens de erro ao dizer que naquela cidade, Zito terá passado os momentos mais significativos de uma vida.
Zito guardava uma mágoa muito grande: o de ter sido expulso da sua terra sem razões plausíveis, sem lógica alguma. Ele sentiu-se completamente injustiçado por aqueles que nos tempos conturbados de 1974/75, se achavam os únicos “donos” e senhores mandões de Cabo Verde, com poderes sem limites sobre os outros cidadãos.
Zito, interrogou-se sempre e questionava sem resposta, o porquê da sanha havida ao tempo contra ele? A razão da sua expulsão - na altura sem remédio - da sua bela e querida ilha de S. Vicente?... Ninguém lhe respondeu (!?)...
A resposta (se alguma vez acontecer, tenho sérias dúvidas.) agora pecaria por tardia, pois  infelizmente, Zito já não está entre nós.
Que ao menos que a injustiça havida e o mal acontecido sejam  algo que, sobretudo, os que cometeram tamanha torpeza, e estejam vivos, sobre isso meditem e peçam perdão.
Mas lembremos aqui e agora o Zito do «Arrozcatum» de excelentes textos, de histórias alegres e de memórias interessantes, por ele narrados,  das belas fotografias de Cabo Verde e das mornas que ele passava em rodapé,do seu “Blog,” e connosco partilhava.
Até sempre Zito! «Coral Vermelho» te saúda!
Descansa em paz!

 P. S. A fotografia é da autoria de Joaquim Saial do «Praia de Bote», e foi tirada no dia 11 de Julho, Verão de 2016, durante o almoço/convívio no restaurante da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, na Baixa lisboeta. Convivas: Zito, Valdemar, Adriano, Joaquim Djack, Carmo e Ondina.


2 comentários:

valdemar pereira disse...

Louvo a "onda" que fez com que nos encontràssemos nesse dia e nesse lugar que ficarà para sempre na nossa memôria.
Até sempre !!!

Unknown disse...

Obrigado pela estima cara Ondina. Foram em parte, estas cultivadas amizades e reiterada e comungada paixão por São Vicente e as suas gentes, que mantiveram o meu pai mais próximo do que realmente o fazia feliz!

Enviar um comentário