quarta-feira, 26 de abril de 2023

 

Com a devida vénia ao autor, tomei a liberdade de aqui transcrever o texto que se segue, por versar uma realidade, afinal, impeditiva da expansão e da divulgação da Língua portuguesa.  Um oportuno e interessante ponto de vista de um norte-americano.

 

O nosso idioma - A língua portuguesa vista por estrangeiro

Porque é tão difícil dominar a língua portuguesa?

Défice de conversação com estrangeiros aprendizes de português

Por Carl Eric Johnson. 22 de Abril de 2023.

 

«(...) Muitos encontros entre os portugueses e estrangeiros iniciam-se com o português a falar inglês, sem dar ao visitante a oportunidade de provar a sua capacidade de falar na língua da [sua] terra. (...)» 

Há uma conspiração. Vai desde as salas de aula até aos restaurantes menos nobres. Das ruas do centro de Lisboa às atracções culturais fora da cidade. Esta ideia de conspiração parte de imigrantes, como eu, de terras cuja língua materna é o inglês, que ficam frustrados com uma das barreiras mais difíceis de superar neste país. E que condiciona mesmo a nossa integração na sociedade portuguesa. Refiro-me à dificuldade de muitas pessoas em dominarem o básico da língua portuguesa.

A dificuldade não resulta apenas da complexidade de uma gramática desconcertante e de uma fonética confusa. Acho que é o resultado da abundância de portugueses que falam bem inglês e da prevalência de informação apresentada em inglês. 

Nas minhas viagens por outros países da Europa, tenho sido obrigado a falar e a ler na língua local para sobreviver – isso não acontece [em Portugal]. 

Lisboa acolhe os visitantes de braços abertos e com desejo de lhes mostrar a sua capacidade de comunicar na língua universal. Este comportamento manifesta-se no hábito de presumir que os estrangeiros não conseguem perceber nem falar português. 

 Muitos encontros entre os portugueses e estrangeiros iniciam-se com o português a falar inglês, sem dar ao visitante a oportunidade de provar a sua capacidade de falar na língua da [sua] terra.

 Acontece com frequência os empregados de mesa iniciarem uma conversa comigo em inglês, sem terem nenhuma indicação dada por mim de que sei falar inglês, ou português. Talvez se deva ao meu rosto escandinavo ou às minhas roupas de estilos e de cores que não são normalmente usadas em Portugal. Por qualquer motivo, aparento ser incapaz de comunicar em português. 

Às vezes sinto que talvez devesse afixar um cartaz no meu peito que declarasse a minha competência linguística, para contrariar o impulso natural de falarem em inglês comigo. No entanto, julgo que nem isso resultaria. 

A via normal para aprender uma nova língua é passar tempo suficiente a ler, a ouvir, a escrever, e a falar. As primeiras três actividades podem ser feitas por alguém sozinho. A última, no entanto, tem de ser praticada, preferencialmente, com um natural do país, alguém com tempo e paciência nas fases iniciais. 

Há muito boas escolas aqui que oferecem aulas adaptadas a todos os níveis de aprendizagem, desde o básico até à mestria da língua. Contudo, apesar de frequentar muitas aulas e de passar muitas horas a estudar e a ouvir a língua, é a falta de conversação frequente que me cria mais dificuldades. 

Percebo bem as boas intenções dos portugueses ao quererem falar numa língua que seja familiar aos clientes e que lhes permita concluir as transações comerciais rapidamente. Devíamos obrigar os empregados a perder tempo? Faz sentido para o empregado repetir frases ou sorrir educadamente enquanto o cliente mutila a pronúncia e a gramática portuguesa? Talvez não, mas esta abordagem nega a todos a oportunidade de progredirem e surpreenderem os "alfacinhas" com o seu próprio talento inesperado. Parece estranho que um povo tão cordial para com os estrangeiros os queira privar desta oportunidade. Talvez haja mais alguma coisa a ocorrer em simultâneo. 

Sem dúvida, a preferência dos portugueses pela comunicação em inglês é também visível nas palavras escritas — desde as ementas às informações nas montras. Muitas vezes, as traduções estão erradas, mas o dono ou a dona da loja desejam que os clientes de todo o lado possam entrar e sentir-se à vontade a falar em inglês. 

Antigamente, podia-se melhorar mais rapidamente a competência linguística através da imersão no país. A sobrevivência ditava que o imigrante tinha de aprender logo a língua da terra para se integrar na sociedade. Outrora, os viajantes sabiam que o conhecimento do básico da língua do destino era obrigatório, mas agora não! A prevalência do inglês em todo o lado retirou aos turistas a necessidade de serem corteses e de mostrarem respeito linguístico pelos habitantes. Hoje, todos os guias sobre viagens a Portugal dizem que só é necessário comprar um bilhete, fazer as malas, escolher sítios de interesse e sair da casa.  

«É necessário falar a língua do país? Não se preocupe! «Os portugueses facilitam-lhe a vida. É como se o mundo português conspirasse contra os estrangeiros para manter a ilusão de que a língua, bem como a cultura, acolhe todos. Mas parece que há um limite. 

Perde-se pelo menos metade do que o mundo português oferece, se não se tiver a capacidade de ler e comunicar na língua da terra. Há recantos escondidos dos visitantes que os portugueses reservam para si próprios: um café de bairro onde ninguém fala inglês, mas onde histórias divertidas são contadas; uma exposição que tem informação em inglês, mas não inclui muita da informação relatada na versão portuguesa. Assisti a concertos em que toda a gente desfrutava da música, mas a explicação era dada só em português. Finalmente, a língua de rua pode confundir o principiante e abalar a sua confiança. Pode ser frustrante sair da sala de aula e cruzar-se com os lisboetas a falarem entre si numa língua incompreensível. É como se os portugueses quisessem manter uma barreira entre eles e os outros, como se um mundo secreto existisse. 

Felizmente, acho que me apercebi do que se está a passar. As escolas de língua portuguesa para estrangeiros decidiram conspirar contra nós, mantendo uma "cortina opaca" entre nós e os portugueses. A publicidade das escolas descreve os benefícios de aprender e seduz os potenciais estudantes com esperanças vãs de dominarem a língua. Não revela o trabalho árduo necessário para se ser bem-sucedido. Apenas nos ensinam o básico, reservando o resto aos portugueses e aos estrangeiros lutadores mesmo empenhados em falar verdadeiramente português. 

Esta conspiração está a correr bem, mas espero que, com o tempo, me seja permitido passar através do espelho da Alice, como prova do meu mérito, e aderir à equipa dos privilegiados. Para já, continuarei a frequentar as aulas de português. 

Fonte

Artigo do norte-americano Carl Eric Johnson, residente em Portugal desde 2016, transcrito, com a devida vénia, do jornal Público, do dia 21/04/2023. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Carl Eric Johnson

Engenheiro norte-americano aposentado, residente em Portugal desde 2016.

 

 

 

 

 

 

E viva a nossa Língua comum!

sábado, 15 de abril de 2023

 


Tive a grata satisfação de saber que o Parlamento cabo-verdiano classificou recentemente, a Língua portuguesa como património cultural imaterial de Cabo Verde.

E mais contente ainda fiquei porque a Iniciativa legislativa, a proposta de Lei partiu de uma jovem Deputada da Nação, Mircéa Delgado, o que significa que a causa da Língua portuguesa nestas ilhas está bem entregue. Tem continuadores.

As minhas calorosas felicitações à Dra. Mircéa Delgado!  Estendo as mesmas felicitações a todos os Deputados que abraçaram e aprovaram o projecto.

 De facto, nunca é de mais enaltecer uma das nossas Línguas, no caso a portuguesa, que é, sem dúvida um dos pilares do nosso desenvolvimento cognitivo, académico, científico e tecnológico.

A Língua portuguesa chegou a Cabo Verde, trazida na oralidade, na boca dos marinheiros, dos missionários e na pena dos Cronistas portugueses, que pisaram o solo destas ilhas nos idos anos de 1460 e aqui assentou raízes. Tomou os ares e os modos das gentes das ilhas. Modificou-se, “caboverdianizou-se”, e acabou por dar origem - em contacto com outras línguas, estas vindas apenas na oralidade de escravos do Continente africano - ao Crioulo de Cabo Verde.

 Mais tarde, na década de 90 do século XX, o crioulo foi denominado constitucionalmente, Língua cabo-verdiana, a qual, na hora actual se apresenta cada vez mais próxima do português, já não do seculo XVI, mas sim, da norma da Língua matriz do século XXI.

Tudo isso, faz da Língua portuguesa, um verdadeiro tesouro entre nós, pois que não só nos escolarizou, enquanto língua veicular do Ensino nacional, mas também, forneceu quase todo o corpus lexical, verbal e sintáctica do pujante e vivaz crioulo das ilhas.

Se mais não servisse este projecto de Lei ora aprovado no Parlamento nacional, ele tem e terá o mérito de nos trazer à reflexão, a importância e o papel da Língua portuguesa como um bem inalienável destas ilhas atlânticas  da Macaronésia.

Para finalizar, reitero as minhas calorosas felicitações aos Deputados da Nação por este acto simbólico de múltiplos significados para os falantes cabo-verdianos.

Ciência, a alavanca que falta para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde

terça-feira, 11 de abril de 2023

 


 Por João Filipe Duarte Fonseca -  Vulcanólogo e Professor Universitário

Com frequência se ouve afirmar que o principal recurso de Cabo Verde é o seu povo. Numa primeira leitura essa afirmação pode aparentar uma carga fatalista, destinando-se a salientar a escassez de recursos naturais e as condições ambientais adversas. Mas a aceleração das sociedades em direcção à Economia do Conhecimento dilui essa conotação negativa, já que o capital humano é hoje encarado a nível global como o determinante central do qual derivam valor todas as outras formas de capital, seja natural, tecnológico, financeiro ou cultural.

 E é universalmente reconhecido que a sustentabilidade do desenvolvimento depende criticamente do conhecimento profundo da realidade ambiental e social, assim como da criatividade e da capacidade de inovação disponíveis em cada sociedade.

Por outras palavras, o século 21 trouxe consigo uma visão radicalmente nova do papel da ciência na sociedade. Se na década de 60 do século passado ainda era possível defender a “República da Ciência”, onde “qualquer tentativa de orientar a investigação científica para um objectivo que não seja o seu próprio é uma tentativa de obstruir o progresso da ciência” (Polianyi, 1962), actualmente o foco incide sobre a “Ciência da Res Publica“, como se depreende da seguinte passagem no sítio da UNESCO: “A ciência é o nosso maior desígnio colectivo. Contribui para assegurar vidas mais longas e saudáveis (…) proporciona acesso a água, alimentos e energia para as nossas necessidades básicas, aumenta a nossa qualidade de vida. E além disso alimenta os nossos espíritos” (https://en.unesco.org/themes/science-society; adaptado). Neste contexto de mudança de paradigma a nível global, é oportuno reflectir sobre o potencial papel da ciência no desenvolvimento sustentável de Cabo Verde.

À data da independência nacional, a taxa de analfabetismo no país era de 63%, passando a 49% em 1980, 20% em 2007 e 11% em 2022 (dados do World Bank). Estes números falam do impressionante sucesso das medidas adoptadas a seguir à independência para a promoção do acesso ao ensino básico. Como é natural, esta assunção de prioridades remeteu para uma fase posterior a aposta no Ensino Superior, sendo as necessidades da administração pública e dos serviços supridas por formação no exterior, e em alguns sectores críticos por um conjunto de escolas superiores não universitárias (Escola de Formação de Professores, ISECMAR, etc). Só no advento do século 21 se verificou um salto qualitativo no sentido da implantação de um conjunto de universidades públicas e privadas, outro processo saldado por números impressionantes: entre 2000 e 2010, o aumento de ingressos no Sistema de Ensino Superior de Cabo Verde foi de 1570% (Cardoso, 2017). Contudo, dada a sua juventude, o processo de construção do Sistema de Ensino Superior de Cabo Verde deve ser encarado ainda como um trabalho em curso, e é oportuno refletir sobre o que falta fazer.

A nível global, reconhece-se hoje que a missão do Ensino Superior é tripla: 1) ensino e aprendizagem; 2) investigação científica; e 3) ligação à comunidade. Por outras palavras, a universidade não está completa se não incluir uma significativa componente de investigação científica, e se estiver alheada dos desafios da sociedade. Um primeiro passo nesse sentido – designado por Primeira Revolução Académica – ocorreu ainda no século 19, e conduziu ao modelo da “Torre de Marfim” onde os cientistas produziam novo conhecimento independentemente da sua utilidade prática. Foi apenas nas últimas décadas do século 20 que o foco da investigação científica passou a incluir forçosamente, porque as sociedades assim o exigiram, a utilização do conhecimento para a resolução dos desafios colectivos, evolução que ficou conhecida como a Segunda Revolução Académica (Etzkowitz, 2001). Com a excepção de alguns nichos onde impera uma elevadíssima exigência, espera-se que o conhecimento produza propriedade intelectual e conduza à inovação, e a terceira dimensão da missão do Ensino Superior – ligação à comunidade – é cada vez mais entendida (goste-se ou não) como interação entre as universidades e o sector produtivo com vista a contribuir para o desenvolvimento económico e sua sustentabilidade.

No caso de Cabo Verde, seria ilusório pensar que o Sistema de Ensino Superior, com duas décadas de existência, se encontra já equipado para corresponder plenamente aos exigentes requisitos do desenvolvimento sustentável. Na verdade, se o progresso da oferta formativa tem sido notável, é forçoso reconhecer que a produtividade científica está ainda muito aquém do desejável. Tomando como referência o número de publicações científicas em revistas internacionais – o padrão internacional para este tipo de avaliação – segundo os números do World Bank Cabo Verde apresenta a menor produtividade científica (média do período 2014-2018) de toda a CEDEAO, como se vê na figura. Mesmo corrigindo com o número de habitantes, Cabo Verde fica-se por 17 publicações por ano e por milhão de habitantes, valor comparável aos do Benim (15) ou da Gâmbia (17), mas inferior ao do Gana (29), e muito inferior aos valores do Egipto (100) ou da África do Sul (199). Israel – famoso pela escassez de recursos naturais, mas que apostou no seu capital humano – atinge 1301 publicações científicas por ano e por milhão de habitantes. O atraso de Cabo Verde pode, contudo, ser transformado em vantagem, se se souber aprender com a experiência alheia para fazer o “dois-em-um” da revolução académica: criar de raiz, em sintonia com o novo paradigma da Sociedade do Conhecimento, um sistema de investigação científica Cabo-Verdiano alinhado com as exigências do desenvolvimento socioeconómico do país nesta etapa do seu percurso histórico, e que se constitua como seu principal motor.

A intenção – recentemente anunciada pela Secretaria de Estado do Ensino Superior – de criar uma fundação para apoiar a ciência, a inovação e o desenvolvimento tecnológico nas universidades e nos centros de investigação não académicos tem o potencial de colocar Cabo Verde nesse caminho. A ausência de uma instituição com essas características leva a que se percam oportunidades preciosas. A título de exemplo, em 2015 a Cooperação do Canadá promoveu a criação de uma parceria de todas as fundações financiadoras de ciência da África Sub-Sahariana (Science Granting Councils Initiative - SGCI) com o intuito de reforçar as suas capacidades de apoio ao desenvolvimento socioeconómico. A iniciativa reúne actualmente 17 fundações de outros tantos países, e atraiu, entretanto, apoios adicionais das cooperações da Suécia, do Reino Unido e da Alemanha. A inexistência de uma instituição de âmbito nacional que apoie a investigação científica impede que Cabo Verde beneficie deste tipo de oportunidade.

Desfeitas as veleidades dos académicos da “República da Ciência”, a investigação científica deve ser encarada hoje não como um luxo de países ricos, mas sim como uma alavanca indispensável para o desenvolvimento sustentável, guiada para esse objectivo através de programas de financiamento alinhados com as grandes opções do plano estratégico nacional. Ganha que está a batalha do ensino e aprendizagem, urge que Cabo Verde disponibilize ao seu Sistema de Ensino Superior e aos Laboratórios do Estado os mecanismos de apoio à investigação científica que lhes permitam contribuir para o desígnio nacional de criar conhecimento útil para a melhoria das condições de vida dos seus cidadãos. 

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1113 de 29 de Março de 2023.

sábado, 1 de abril de 2023

 

 1 de Abril, o Dia das Mentiras!

Como alguém disse, o Homem não conseguiria viver só com verdades, porque não resistiria à verdade daquilo que os outros sobre ele pensam…

Aliás, assim reflectido nas palavras Catarina Lucas, Psicóloga Clínica: Viver só com a verdade implicaria receber todo o tipo de comentários sobre todas as facetas da nossa vida, o que, possivelmente, magoaria os nossos sentimentos, e nós não estamos preparados para ouvir tudo o que todas as outras pessoas pensam sobre nós.”

Por ter achado com muito humor, a capacidade de justificação de falta ao trabalho, transcrevi para o “Blog” o texto que se segue retirado do “Human Resources” na Sapo.pt

Hoje celebra-se o Dia das Mentiras. Isso significa que estamos autorizados a dar asas à imaginação e a inventar pequenas mentiras para pregar partidas.

A efeméride surgiu em França, no século XVI. Até então, os Franceses guiavam-se pelo calendário Juliano, celebrando a passagem de ano a 1 de Abril, mas, em 1564, o rei D. Carlos IX instituiu o calendário Gregoriano, mudando assim o calendário Juliano em que a passagem de ano se celebrava a 1 de Abril.

Como a velocidade da informação não era como a de hoje, alguns estavam informados, porém grande parte da população não tinha conhecimento desta alteração. As pessoas que sabiam pregavam partidas às que não sabiam e continuavam a enviar convites para festas de Ano Novo a 1 de Abril.

Estas brincadeiras ficaram de tal forma virais que passaram a ser tradição em França e noutros países, como Itália e Bélgica. Na Dinamarca, comemora-se a 1 de Maio e, em Espanha, a 28 de Dezembro, o Dia dos Santos Inocentes.

A norte-americana Readers’ Digest fez uma compilação das 30 maiores «mentiras» usadas no trabalho, ou melhor, para faltar ao trabalho. Veja se se “identifica” com alguma delas…

«Não posso ir trabalhar porque comi comida de gato enlatada, em vez de atum, e estou a morrer.»

«Fiquei preso na máquina de medir a pressão arterial na farmácia e não consigo sair.»

Um colaborador passou o dia a tirar os seus pertences do lixo porque a mulher descobriu que ele a enganava.

«Parti o braço enquanto tentava apanhar uma sanduiche.»

«A minha avó envenenou-me com fiambre.»

Um colaborador disse que não podia ir trabalhar porque uma vidente lhe dissera para não sair de casa ou teria uma hemorragia cerebral.

«Não posso ir trabalhar porque sem querer entrei num avião.»

Um colaborador não podia ir trabalhar porque tinha saído na noite anterior e não sabia onde estava quando acordou.

«Não posso ir trabalhar porque tenho de ir ao funeral do cão da prima da minha mulher. Eu era o padrinho do cão.»

Uma colaboradora disse que não podia ir trabalhar porque alguém tinha colado as portas e janelas e não conseguia sair de casa.

«Não posso ir trabalhar porque a minha dentadura voou pela janela quando ia na auto-estrada.»

Um colaborador recusou-se a ir trabalhar porque o seu peixe de estimação não se sentia bem.

«Não posso ir trabalhar porque o ozono que está no ar esvaziou os pneus do carro.»

Uma colaboradora não pôde ir trabalhar porque tinha morcegos no cabelo.

«Não posso ir trabalhar porque pus o meu uniforme a secar no micro-ondas e pegou fogo.»

Um colaborador disse que se tinha esquecido que fora contratado para aquele trabalho.

«Não posso ir trabalhar porque o corpo da minha avó vai ser exumado numa investigação policial.»

«Não posso ir porque estou à espera da seguradora. Uma vaca entrou pela casa adentro.»

«Não posso ir trabalhar porque o meu cachorro pegou-me a gripe.»

Um colaborador disse que não podia ir trabalhar porque se tinha esquecido que já não era fim-de-semana.

«Não posso ir porque o vento arrancou o telhado de minha casa.»

Um colaborador alegou que havia encomendado uma pizza na noite anterior, mas estava atrasada e agora tinha de ficar à espera que a entregassem.

«Não posso ir trabalhar porque a minha mãe fechou-me no armário.»

«Não posso ir porque a minha sogra não pára de falar.»

Um colaborador disse que não podia ir trabalhar porque estava com enjoos matinais.

«Não posso ir trabalhar porque está demasiado frio.»

Um colaborador chegou uma hora atrasado porque um astrólogo o avisou de um grande acidente na auto-estrada e teve de usar as estradas secundárias.

«Não posso ir trabalhar porque o café está demasiado quente e tenho de esperar que arrefeça.»

Um colaborador estava no local de trabalho, mas adormeceu no parque de estacionamento.

«O meu cão comeu o meu horário de trabalho.»

 

E viva 1 de Abril! Também chamado: O Dia dos Santos Inocentes!