«Eu sabo, eu sabo...é o Pai Natal!»

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Esta foi a resposta – dita com muita graça – dada pelo meu neto mais novo, o Miguel de 2 anos, quando a minha filha perguntou aos filhos quem eram os pais do Menino Jesus. Sobre a mãe, uma das netas respondeu sem hesitar: «Maria», e quando foi a vez de nomear o pai, adiantou-se o «codé» com a resposta que serve de título a este escrito: «Eu sabo, eu sabo...é o Pai Natal».


Ora tudo isto vem a propósito da leitura do Editorial do número de Dezembro do Jornal «Terra Nova» assinado pelo seu director: Frei António Fidalgo de Barros. O conteúdo do referido editorial centra-se no que se pode chamar de uma espécie de deslocalização do sentido do Natal, que tem vindo a acontecer, que devia ser preenchido com o nascimento do Menino Jesus e os valores inerentes à efeméride, ao invés de o centrarmos na figura do “Pai Natal da Coca-Cola” nas palavras do autor.
A tentativa de recuperação do verdadeiro sentido do Natal não nega nem conflitua, bem pelo contrário acentua, creio eu, a ideia de festejarmos a quadra com alegria e com troca de prendas entre familiares e amigos que só demonstra afecto, embora muitas vezes não afaste tanto quanto seria desejável, o perigo de algum excesso nessas alturas, em matéria de consumismo.
Apesar de o não fazer na maior parte das vezes e dos casos, gostaria que as prendas fossem apenas simbólicas e que representassem exactamente aquilo que pretendemos, isto é, o facto de nos termos lembrado do outro próximo e de que nisso vai também um pouco da nossa amizade.

Voltando ao editorial lido, achei interessante e nem sabia que de um movimento se tratava, ter visto em Portugal – onde passei a quadra festiva – em muitas janelas e varandas de moradias, a efígie do Menino Jesus em pequenas bandeiras de ornamentação natalícia.
Afinal, alguma coisa está a “mexer-se” – essa movimentação referida no artigo do «Terra Nova» é disso prova – com a finalidade de repor os valores simbólicos do Natal que é cristão e cuja comemoração devia recordar-nos com alegria a comunhão da família, a humildade e o amor no acto de nascer de Cristo.

0 comentários:

Enviar um comentário