O que aconteceu ao ensino da Língua portuguesa em Cabo Verde? Onde param os bons professores desta disciplina com o saber e o saber fazer pedagogicamente afinados, com objectivos a cumprir, com um excelente domínio da língua veicular, com brio na didáctica a seguir na disciplina durante o ano lectivo e finalmente com a convicção firmada de que o fundamental é chegar ao fim do ano escolar com os seus alunos a gostarem da disciplina, a falarem e a escreverem adequadamente o português?
Onde ficou o ensino e o consequente conhecimento das regras gramaticais? Porque é que actualmente o aluno cabo-verdiano (excepções haverá certamente) é tão mal – sucedido em termos de aproveitamento universitário em universidades portuguesas e brasileiras? Exactamente por causa do não domínio da língua portuguesa. Quando no nosso tempo (no meu tempo e antes dele) era exactamente o contrário. Deste mal gravíssimo não padecia o aluno universitário cabo-verdiano. Nem o aluno universitário, nem o funcionário público cabo-verdiano. Estes perfis nacionais falavam e escreviam correctamente a língua veicular e oficial do país. Porque será que o nosso jovem emigrante em Portugal (onde está a maior comunidade cabo-verdiana emigrada na Europa) tem dificuldade em concorrer a empregos com emigrantes angolanos e brasileiros? A razão é porque fala mal ou não domina o português.
O que terá acontecido ao nosso ensino do português em que nos dias de hoje, alunos em estudos superiores tratam o professor por “tu” por pura ignorância da correcta utilização de uma simples forma verbal na 3ª pessoa do singular?
E tudo isto a acontecer em intensidade cada vez mais assustadora nas nossas escolas e em todos os níveis de ensino. Está-se a denegrir de uma forma que eu diria algo “criminosa” o ensino e a aprendizagem da nossa bela língua segunda! Que loucura! Aonde iremos parar se nem um património tão rico e enriquecedor como é a língua portuguesa conseguimos preservar?
Uma simples visita hoje a uma sala de professores em intervalos de aulas, de uma escola secundária do país, apercebemo-nos de que nem o professor de português já fala a língua veicular. Até se pode ouvir o francês e o inglês, por graça, entre os colegas do mesmo grupo, mas escutar a bela língua portuguesa? Não, não teremos esse gosto!
Ora é certo que o professor de português em Cabo Verde tem na verdade, em todo o lado um ambiente avesso, para não dizer hostil, à difusão, à socialização da língua veicular e oficial.
No antanho desta nossa sociedade ainda existiam bons “redutos” onde se praticava o português. Era nas escolas, no ambiente académico, na comunicação aluno/professor e vice-versa, nos serviços do Estado e era igualmente na Comunicação Social. Parecendo que não, o que é certo é que funcionavam e bem, como autênticos guardiães da Língua portuguesa em solo nacional. Actualmente, nem isso já acontece.
Mas ainda que os programas dos diferentes níveis de ensino e destinados à disciplina estejam inadaptados ou desajustados, o que não acredito, pois actualmente são elaborados com a visão e a metodologia de ensino de língua viva; mesmo que o docente da língua portuguesa não esteja a ser secundado na sua escola e interdisciplinarmente, quando solicita a colaboração dos colegas para que tenham em atenção os “erros” dos alunos e que os corrijam em tempo, na respectiva disciplina; ainda que esteja a haver desleixo e preguiça no geral de quase todos os professores em não corrigirem os erros gramaticais, ortoépicos e outros que os alunos cometem e que são da obrigação dos professores ajudá-los a emendarem-se; apesar de tudo, isso não justifica, nem ilibe o actual professor da língua veicular do sistema de ensino nacional, da sua quota – parte de enorme responsabilidade de promover a apetência no seu aprendente, de velar pela sua boa “performance” linguística como objectivo final e, finalmente, de atalhar o fracasso quase total que tem sido a aprendizagem da língua segunda e da língua que garante sucesso escolar e funciona, até prova em contrário, como “passaporte” para o sucesso académico, profissional e social entre nós.
Temos todos que ter a perfeita consciência da transcendente importância da Língua portuguesa, nossa língua também. A nossa primeira língua de comunicação internacional. A língua em que lemos e aprendemos quase tudo o que a ciência, a tecnologia e a boa literatura nos oferece. E tudo isto se passa num mundo cada vez mais exigente e apertado para os jovens cabo-verdianos que demandam uma profissão. Por favor! Não desbaratemos tão rico património!
Onde ficou o ensino e o consequente conhecimento das regras gramaticais? Porque é que actualmente o aluno cabo-verdiano (excepções haverá certamente) é tão mal – sucedido em termos de aproveitamento universitário em universidades portuguesas e brasileiras? Exactamente por causa do não domínio da língua portuguesa. Quando no nosso tempo (no meu tempo e antes dele) era exactamente o contrário. Deste mal gravíssimo não padecia o aluno universitário cabo-verdiano. Nem o aluno universitário, nem o funcionário público cabo-verdiano. Estes perfis nacionais falavam e escreviam correctamente a língua veicular e oficial do país. Porque será que o nosso jovem emigrante em Portugal (onde está a maior comunidade cabo-verdiana emigrada na Europa) tem dificuldade em concorrer a empregos com emigrantes angolanos e brasileiros? A razão é porque fala mal ou não domina o português.
O que terá acontecido ao nosso ensino do português em que nos dias de hoje, alunos em estudos superiores tratam o professor por “tu” por pura ignorância da correcta utilização de uma simples forma verbal na 3ª pessoa do singular?
E tudo isto a acontecer em intensidade cada vez mais assustadora nas nossas escolas e em todos os níveis de ensino. Está-se a denegrir de uma forma que eu diria algo “criminosa” o ensino e a aprendizagem da nossa bela língua segunda! Que loucura! Aonde iremos parar se nem um património tão rico e enriquecedor como é a língua portuguesa conseguimos preservar?
Uma simples visita hoje a uma sala de professores em intervalos de aulas, de uma escola secundária do país, apercebemo-nos de que nem o professor de português já fala a língua veicular. Até se pode ouvir o francês e o inglês, por graça, entre os colegas do mesmo grupo, mas escutar a bela língua portuguesa? Não, não teremos esse gosto!
Ora é certo que o professor de português em Cabo Verde tem na verdade, em todo o lado um ambiente avesso, para não dizer hostil, à difusão, à socialização da língua veicular e oficial.
No antanho desta nossa sociedade ainda existiam bons “redutos” onde se praticava o português. Era nas escolas, no ambiente académico, na comunicação aluno/professor e vice-versa, nos serviços do Estado e era igualmente na Comunicação Social. Parecendo que não, o que é certo é que funcionavam e bem, como autênticos guardiães da Língua portuguesa em solo nacional. Actualmente, nem isso já acontece.
Mas ainda que os programas dos diferentes níveis de ensino e destinados à disciplina estejam inadaptados ou desajustados, o que não acredito, pois actualmente são elaborados com a visão e a metodologia de ensino de língua viva; mesmo que o docente da língua portuguesa não esteja a ser secundado na sua escola e interdisciplinarmente, quando solicita a colaboração dos colegas para que tenham em atenção os “erros” dos alunos e que os corrijam em tempo, na respectiva disciplina; ainda que esteja a haver desleixo e preguiça no geral de quase todos os professores em não corrigirem os erros gramaticais, ortoépicos e outros que os alunos cometem e que são da obrigação dos professores ajudá-los a emendarem-se; apesar de tudo, isso não justifica, nem ilibe o actual professor da língua veicular do sistema de ensino nacional, da sua quota – parte de enorme responsabilidade de promover a apetência no seu aprendente, de velar pela sua boa “performance” linguística como objectivo final e, finalmente, de atalhar o fracasso quase total que tem sido a aprendizagem da língua segunda e da língua que garante sucesso escolar e funciona, até prova em contrário, como “passaporte” para o sucesso académico, profissional e social entre nós.
Temos todos que ter a perfeita consciência da transcendente importância da Língua portuguesa, nossa língua também. A nossa primeira língua de comunicação internacional. A língua em que lemos e aprendemos quase tudo o que a ciência, a tecnologia e a boa literatura nos oferece. E tudo isto se passa num mundo cada vez mais exigente e apertado para os jovens cabo-verdianos que demandam uma profissão. Por favor! Não desbaratemos tão rico património!
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