A moderna (A actual, será mais precisa…) poesia em Língua portuguesa deve e muito a este poeta que se dá pelo nome de Arménio Vieira.
Senhor de uma cultura portentosa, Arménio Vieira dá-se ao luxo de “jogar” de “brincar” de construir “trocadilhos” poéticos com essa cultura imensa que possui, pois que a foi adquirindo ao longo dos anos, não só de boa leitura, da qual como que extraiu a essência filosófica, como também de mundividências experimentadas e teorizadas por um observador de todo especial. Para além de aliar a isso, a poesia que parece que lhe é inata.
Munido com estas preciosas “ferramentas” chamemo-las assim, mais a estilística que ele auto-recria em estética própria e original, com isto tudo interligado e interdependente o poeta configura os seus poemas-textos, que nos deliciam.
Costumo dizer que o poeta – galardoado em 2009 com o Prémio Camões (a maior distinção literária instituída para os escritores e poetas de Língua portuguesa) – nasceu na cidade da Praia, cabo-verdiano de origem e de vivência e, (aqui também caberia um “mas”) de pena universalista.
Sim, os textos de Arménio Vieira, quer sejam em poemas ou em prosa e esta última é quase sempre poética, fazem jus a este “universal” que existe no seu ser poeta.
A sua formação poética e cultural, revela-se quase toda “bebida” na cultura dita europeia ocidental, transfigurada e contextualizada nas ilhas desta “macaronésia” atlântica sempre indecisa e adiada.
Foi isso que sucedeu e o registo do poeta encontra-se nos seus dois últimos livros, «O Brumário» e «Variações Do Brumário» recentemente apresentados na Cidade da Praia, na Biblioteca Nacional.
Valem a pena! A sua leitura é imperdível!
Ao poeta Arménio Vieira as minhas sinceras felicitações por mais esta dádiva à Literatura em Língua portuguesa e à cultura cabo-verdiana.
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