quarta-feira, 4 de maio de 2016

Registo aqui uma oportuna informação historicamente verificada de Gilda Barbosa sobre o ascendente ilustre,Bartolomeu Vieira de Vasconcelos, sobre quem no artigo anterior, interroguei a razão da vinda dele do Reino para a ilha do Fogo.

Eis o esclarecimento:

 “(...) 

1-Bartolomeu Vieira de Vasconcelos era Capitão (os graus militares da altura não coincidem com os atuais), parece ter vindo de Lisboa e foi Capitão-mor do Fogo. Casou com Maria Teresa Barbosa Rebelo, já foguense e bisneta paterna do Capitão Amaro Monteiro Rebelo.

 

2-Amaro Monteiro de Rebelo, natural de Lisboa, Capitão (???) para o Fogo, onde casou com Maria Fidalga das Donas, já foguense, filha de Filipe Correia da Sllva, Capitão e de sua mulher Inês Barbosa de Andrade. Do Amaro Monteiro de Rebelo sairam os ramos Sacramento Monteiro e Monteiro de Macedo.

 

Quase todos os que vieram de Portugal foram enviados pelo Reino para ocuparem cargos na ilha ou simplesmente para viverem e povoarem.

 

3-João de Araújo Gomes, de onde vieram muitos ramos, era natural do Reino de Portugal, veio ao Fogo em 1784, residiu no Fogo e desempenhou vários cargos na Guiné Bissau e no Fogo. Com a autorização do Reino, foi o fundador da Cova da Figueira, onde construiu uma Igreja.

 

4-O apelido Barbosa é um dos mais antigos. O primeiro a usar o apelido foi D. Sancho Nunes Barbosa, filho do conde D. Nuno de Celanava. O apelido veio da Quinta de Barbosa, na Freguesia de S. Miguel das Rãs. Apoiavam D. Pedro contra D. Afonso, que ganhou na batalha de Aljubarrota. Depois, motivos políticos originaram a dispersão da família Barbosa que assim chegou também a Cabo Verde.

 

5-A família Vasconcellos é possivelmente originária do Reino de Leão. João Perre de Vasconcelos, neto de Martins Moniz, foi o primeiro a usar o apelido. Alguns passaram para a Madeira, onde casaram com os Medina, originário da Espanha, dando a família Medina e Vasconcelos, tendo Teodoro Felix de Medina Vasconcelos vindo para o Fogo com a esposa Ana Joaquina Rosa Santos.

 

6- Houve um que chegou ao Fogo, vindo do Reino, por ter havido um naufrágio no sítio de «Ruprera» e, em vez de seguirem para o Brasil como desejavam, aqui ficaram. Este era um Távora, que fugia das perseguições em Portugal, tendo suprimido o apelido ficou a chamar-se Marcelino José Lorge Henriques. Vinha acompanhado de um cavaleiro da casa real, José Cláudio Mendes Rosado e de sua esposa Isabel Caetana da Fonseca, naturais do Algarve. Marcelino viria a casar com uma filha deles, Maria do Monte Fortunata Mendes Rosado. Marcelino desempenhou o cargo de Capitão-Mor do Fogo e um dos filhos de José Cláudio, João Carlos Mendes Rosado foi o povoador da ilha de S. Vicente.

 
Aa origens não vieram só de Portugal mas também da Espanha: família Roiz; Nozolini e Rian, originários, respectivamente, da Itália e França, vindos de Tenerife, onde residiam na altura, Spencer, etc., etc..

 Depois dá uma série de combinações, através de casamentos. (...)

 (...)

com a amizade da

 Gilda

1 comentários:

Anónimo disse...

Olá, à procura de informações sobre Bartolomeu Vieira de Vasconcelos (meu antepassado) e encontrei este artigo. Gostaria de saber de onde a informação sobre BVV que vejo em muitos sites que se citam uns aos outros, há documentos/registos formais? Obrigada pela ajuda

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