quarta-feira, 15 de abril de 2020

Ensino à Distância
Pela comunicação social soube que passará a haver aulas, através da Rádio e da Televisão para os alunos, substitutas das aulas presenciais, que devido à pandemia do Covid19, estão suspensas em todas as ilhas deste Arquipélago.
Como antiga professora e actualmente avó atenta às actividades lectivas, gostaria de tecer algumas considerações sobre esta nova forma de leccionação, devida ao momento crítico que se atravessa e que impede o encontro presencial, professor /aluno. Nada substitui a plenitude da aula/turma presencial. O que vai acontecer seria em circunstâncias normais – um excelente complemento às aulas presenciais. Mas dada a conjuntura que vivemos isso será um importante suplemento.
Passemos agora aos pontos que gostaria de destacar:
  1. Saber com abrangência, se chega a todos os alunos que frequentam as escolas do País. Condição essencial. Se não, procurar colmatar a ausência da actividade lectiva para aqueles alunos, que não tenham acesso à televisão ou, à rádio - serão uma minoria - por meio de fichas enviadas aos respectivos professores que as farão chegar aos seus alunos através das autoridades locais, dos responsáveis locais da Igreja. Normalmente, são excelentes portadores, para estas situações de emergência
  2. Colocar os melhores professores a leccionar à distância, isto é, bons comunicadores, que se expressam bem, que não titubeiam as lições, que não demonstrem hesitações a falar a Língua oficial do ensino e que demonstrem que estão à-vontade, com a matéria que leccionem (pois que a estudaram e a prepararam antes de cada aula)
  3. Focar os conteúdos para esta fase - e tendo em conta, que este tipo de aula aconteceu pelo facto de o país atravessar uma crise devido à pandemia - os conteúdos devem ser seleccionados com rigor e  com capacidade de se colocar ênfase no fundamental da cada ponto programático da respectiva disciplina.
  4. Prestar atenção acrescida ao ritmo de cada aula. O professor deve fazê-la de forma viva e expressiva. Devem ser evitadas ao máximo, pausas desnecessárias, de tal modo  que não se  crie tédio e desinteresse no aluno que não está na sala de aula, mas sim, em casa. Isto é deveras importante e o professor deve tê-lo em muito boa conta!
  5. Posto isto, e para que sejam bem sucedidas as aulas à distância,  o perfil do docente que as ministra, deve ser desde logo, bem enquadrado e explicitado:
  6. Bom comunicador, sem titubeios didácticos, sabedor da matéria que lecciona, expressivo, convincente e sobretudo que saiba falar a Língua portuguesa, que é a Língua veicular do nosso ensino.
Boa sorte a todos, pois sei que não é fácil este empreendimento. Que seja levado com sucesso a cada aluno que longe e em casa, escuta o professor.


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