Clarifico o leitor que o título deste escrito foi tomado de empréstimo
ao conjunto dos livros sobre esta matéria – Bem Dizer, Bem Escrever - publicados há já alguns anos por Edite
Estrela, e que amiúde, consulto.
Ora
bem, isto trouxe-me à memória umas férias passadas nos Mosteiros, ilha do Fogo,
com as minhas duas netas mais velhas, a Inês e a Margarida, quando as levei
para conhecerem a casa de infância da avó.
Remexendo
e rearrumando cartas e documentos muito antigos, a Inês – com a minha permissão
- releu algumas cartas que nós – filhos -
escrevíamos aos pais, ora de Mindelo, ora da Praia, quando saímos da casa
paterna em demanda de estudos liceais, exactamente nas duas ilhas do
Arquipélago em que havia Liceus. Eram cartas as mais das vezes muito saudosas
da falta que nós sentíamos dos pais, da casa e ao mesmo tempo lhes dávamos
contas do nosso andamento escolar.
Assim
situadas, vale dizer que uma das coisas que chamou atenção da leitora da
ocasião - a Inês - pois que fazia a leitura em voz alta, para mim e para a Margarida,
esta última também achou isso interessante, foram as correcções que a mãe Celina, a bisavó, fazia às palavras
e/ou às construções frásicas incorrectas por nós cometidas, (sublinhando-as) nas
respectivas cartas.
Isso
significava que nas chamadas férias grandes e uma vez retornados à casa, lá tínhamos nós de
fazer com ela as correcções devidas.
Lembro-me
que para alguns de nós (sete filhos) era um autêntico e desagradável corte no
tempo que o queríamos todo para gozar
férias. Nadar, jogar e nada fazer ...
Mas
anos passados e relendo as cartas, acho que todos somos bem agradecidos à nossa
mãe professora e cuidadosa educadora.
1 comentários:
É a mesma esperança que me perpassa nestas férias, em que tenho "apertado" com o meu neto por causa da Matemática, para lhe suprir algumas carências ou noções pouco assimiladas. Curiosamente, com o Português, sem problemas.
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