A sensação que
se tem é que o nível de insegurança na cidade e nos arredores da Cidade da
Praia, subiu em flecha. Ou melhor dito, não tem abrandado. Antes pelo
contrário, vem aumentando dada a impunidade dos bandidos que percepcionam o
domínio que possuem sobre os que por dever de ofício, deviam dar-lhes sério
combate.
Mas vamos por partes, os assaltos às casas e
às pessoas são o “pão-nosso de cada dia.” Assaltos com recurso à violência
continuam também em alta, infelizmente.
Apenas um
exemplo daquilo que se passa no bairro onde moro. De passagem, sempre vou
dizendo que a minha moradia foi assaltada há uns dias e que aparelhos e objectos com valor para nós, desapareceram
para sempre. Nunca há uma recuperação de qualquer objecto roubado??...
Apresentámos
queixa na Polícia, quando mais não seja para contar para a estatística e para que esta não
seja falseada e fazer crer que a
criminalidade diminuiu. Não. Ela continua imparável. Só que, cidadãos como eu, não acreditam que se vá
atrás do ladrão em tempo útil.
Daí o à-vontade
com que se pavoneia e opera na cidade...
O interessante,
seria interessante se não fosse trágico, há no Palmarejo, de entre muitos, um assaltante que já
invadiu quase todas as casas da zona onde resido e fá-lo com requintes, se não
vejamos: o “modus operandi” do dito bandido é invariavelmente o mesmo. Ataca
entre as 11h e as 12h da manhã. Em pleno dia e com gente em casa. Entra munido de faca ou de outra arma mortífera,
para ameaçar ou espetar caso seja apanhado em flagrante. Tem acontecido ao
longo de semanas. Até se lhe já conhece o nome. Ele rouba telemóveis, computadores e outros
itens com valor.
Vários
residentes, tal como eu, apresentaram queixa sobre estes constantes assaltos,
com filmagens e descrição detalhada da figura do sujeito.
Julgam que lhe
aconteceu alguma coisa?...desenganem-se. O dito ladrão, continua impunemente, a
passear no Palmarejo e a farejar a
próxima vítima.
E assim vamos
nós. Vivemos com medo, dentro e fora de casa nesta cidade e, sobretudo no meu
bairro, o Palmarejo.
Será que
queremos turistas a visitar a terra? Como? da minha estatística, porque não há
estudos sobre o fenómeno, já são
inumeráveis os assaltos em plena via pública que têm acontecido com turistas e forasteiros.
Sobretudo estrangeiros europeus. Aliás, os bandidos da Praia, não podem vislumbrar estrangeiros, máquinas fotográficas ou telemóveis com os
turistas... sem que os ataquem logo. E, por vezes, com recurso a uma violência
desmedida.
É esta a terra
que temos para o desenvolvimento do turismo? Sim. Infelizmente é verdade. Só
que por cada estrangeiro assaltado, serão muitos outros avisados para não viajarem para esta
ilha. Será assim a tal “morabeza” propalada exageradamente?...
Mas de uma coisa
vos asseguro, enquanto não houver segurança nas ruas da Capital, o melhor mesmo
é comunicar aos putativos visitantes que não venham, que não nos visitem. Eu
da minha parte, tenho tentado dissuadir, com toda a franqueza, os meus amigos
estrangeiros, para não virem à Praia,
pois correm sérios riscos...até de vida.
E digo isso com tristeza. Pois gostaria de
viver este último terço de vida com tranquilidade e não em constante
sobressalto ao mínimo barulho dentro de casa, à mínima aproximação suspeita na
rua. Quando saio ainda à porta de casa, olho para todos os lados a
certificar-me se não haverá maus encontros... e assim me mantenho
intranquilamente alerta.
Apenas uma nota
comparativa: Regressámos recentemente de Portugal. O assalto à nossa casa,
aconteceu dois dias depois de cá estarmos. Sei que não vale comparar, que chega
a ser incorrecto, pois, são realidades totalmente diferentes. Graus de
desenvolvimento e de civilidade bem desiguais. Mas não me contenho em dizer que
enquanto em Oeiras saía à rua, ou para afazeres, ou para passear em completa
segurança; de tal modo que já me aconteceu ir a sessões de cinema à noite com
as minhas jovens netas e regressarmos a casa à meia-noite, a pé, no Verão, em
quase total descontração.
Em flagrante
contraste, aqui no Palmarejo se saio é com medo. Seja de dia, seja de noite. De dia então, parece que o perigo é maior. É a hora dos assaltos. E tal é o pavor que tenho de ser eventualmente
maltratada, que sequer vou à porta da minha vizinha para saber dela, sem que alguém da minha casa fique de vigia...
É caso para se dizer: Credo! Que terra malfadada!
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