A autora, Gilda Marta Vieira de Vasconcelos Barbosa, nasceu na ilha do Fogo, na cidade da São Filipe onde reside actualmente. Aposentada. Licenciou-se em Ciências Matemáticas, na Universidade de Coimbra. Foi professora no Liceu da cidade da Praia, e no Seminário de São José da mesma cidade. Mais tarde, entrou para o Serviço Social da Igreja e foi Secretária-Geral da Cáritas de Cabo Verde.
«Ao Sabor dos Ventos» resultou de um conjunto de crónicas que foram publicadas no Jornal «Terra Nova», durante um largo período de tempo.
Saúdo
efusivamente a autora, felicitando-a por este valioso livro que ora passa para
os leitores, na certeza de que está a concorrer para um conhecimento mais
aprofundado, com muita seriedade, de questões históricas, sociais, entre outras,
da ilha do Fogo, que o livro foca, num estilo sóbrio e escorreito que é apanágio
da autora, Gilda Barbosa.
Igualmente, aproveitar para dizer que é bom
que o leitor seja e esteja prevenido, que na leitura de: «Ao Sabor dos Ventos”,
estará perante uma autora de uma probidade e de uma honestidade intelectuais, a
toda a prova.
Gilda
Barbosa investiga e interroga-se muito sobre os conteúdos do seu labor de
pesquisadora. Não se contenta e nem dá por definitivo as hipóteses e por vezes,
nem mesmo as teses que defendem tal e tal ponto de vista sobre determinado
assunto. Não, o leitor terá ocasião, ao ler o livro, de verificar que a autora
tem dúvidas -sempre na linha da dúvida metódica - muitas vezes sobre as origens
e os inícios, dos pilares que foram estruturantes para a criação da sociedade
foguense. Ela também tenta desfazer
alguns mitos sobre as gentes da ilha do Fogo, focando sobretudo, as famílias
outrora gradas, da cidade de São Filipe.
Para
isso, a autora pesquisou com seriedade e só concluiu o facto histórico ou, o
facto social, que nos descreve, quando, o grau de certeza, na pesquisa que ela
encetou, a conduzir à verdade, ou, à aproximação dessa mesma verdade.
Aliás,
a autora, numa atitude de despojamento que diria intelectual, lança os seus
questionamentos, as suas interrogações, os quais, fazem com que o leitor se
sinta seu aliado, e se sinta também envolvido no processo da descoberta da
verdade demandada pela autora.
Afinal,
tudo isto, acaba por revelar também que Gilda Barbosa é portadora de uma enorme
e notável humildade intelectual.
E
isso, cria muita empatia com quem esteja a ler as crónicas coligidas neste
livro e torna sumamente agradável a sua leitura.
Para
além disso, ao longo da leitura de «Ao Sabor dos Ventos», o leitor aperceber-se-á
de que está perante alguém, - Gilda Marta Barbosa - que veicula na sua escrita,
os valores cristãos que fizeram e que fazem parte da sua educação, da sua
formação, pois que são parte integrante do seu ser e do seu estar perante a vida.
Ora
bem, as matérias e os assuntos contidos e desenvolvido ao longo dos sete
capítulos, são versados com sobriedade, com mestria, de quem deseja que a sua
mensagem seja lida e entendida por todos. Aliás, é a própria autora que no-lo
diz numa frase interessante, inserta na “Nota Introdutória”, passamos a citar:
“(…) acessível a qualquer um” fim de citação.
Convido
e exorto o leitor a ler este precioso legado de quem sabe e de quem conhece bem a sua ilha e, sobretudo, a
sua cidade.
Obrigada,
querida Gilda!
Praia,
Março de 2023.
2 comentários:
Associo-me à saudação à autora e felicito-a pelo seu livro "Ao sabor dos ventos". Pelo que é aqui descrito, o livro é de real interesse.
Obrigada, querida Ondina pela análise da minha escrita.Nao conhecia em mim tantas características. Sou um pouco azelha nos blogues
Enviar um comentário