A Psicose das “Cidades”…

domingo, 21 de agosto de 2011


O assunto deve ser recorrente e se calhar, já várias vezes abordado, uma vez que não é já tão recente. Mas acabada de regressar do Fogo, decidi inscrevê-lo no meu “Blog.”
Não sei e nem consigo compreender até hoje o que se passou nas ilustres cabeças do governo, dos legisladores e dos Deputados deste país e desta nação, para transformarem quase todas as vilas e algumas ainda povoados sede de Concelhos, em cidades!
Será que não tiveram ou não têm a noção do que é uma cidade? Isto chega a ser causa de gozo e de gáudio, esta espécie de “loucura colectiva,” qual toque do rei Midas, em tudo transformar em cidade! “loucura colectiva”, repito, embora selectiva, porque oriunda da classe política.
Falo disso com imenso espanto e perplexidade! E mais, falo disso pois tenho muito afecto e respeito à minha antiga Povoação de Igreja nos Mosteiros, ilha do Fogo que “sem mais e nem porquê” se viu da noite para o dia e por força de uma lei esquisitíssima, elevada à categoria de cidade!
Convenhamos que é desprestigiar um antigo povoado que estava a fazer a sua caminhada – em termos de equipamentos e de infra-estruturas – para ser uma vila razoável, sede do Concelho e que sem o mínimo de condições e de critérios urbanísticos para tal, se vê alcandorada em cidade!
Francamente! Não brinquem com a inteligência e o conhecimento do cidadão, meus senhores! A isto chama-se falta de visão urbana e urbanística. Gostaria de realçar que tais atributos vão directamente endossados àqueles que tal determinaram.
Para terminar, volto a repetir: não devem ter noção e não fazem «a mais pálida ideia» do que é uma cidade!

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