Quarenta anos depois...

quinta-feira, 27 de maio de 2010
Dezembro 2009. A viagem a Lisboa havia sido propositadamente antecipada para pudermos fazer uma comemoração especial, uma vez que aí iríamos passar o Natal com os filhos e os netos
…Quarenta anos depois voltámos ao sítio onde tudo começou para nós. O banco do jardim era ainda o mesmo ou quase, pois que, com mais pinturas, menos pintura pouco o mudaram; manteve a sua traça inicial. O Jardim Botânico também o mesmo no geral, agora com algumas alterações normais após quatro décadas – guarita de segurança, entrada paga e outras benfeitorias, inovações e possivelmente maior diversidade da oferta botânica e da tecnologia de acesso ao visitante. Claro, que tudo isso ainda não existia naquele já longínquo ano de 1969. Mas do resto e em grandes linhas, tudo parecia ter permanecido na mesma para que assim o reconhecêssemos.
Feita esta espécie de “romagem da saudade,” comentámos que tudo era igual, ou quase isso…menos nós os dois, quarenta anos depois de ali termos dito sim, um ao outro e iniciar as etapas para uma vida em comum que já vai em netos…enfim, até parece letra de uma velha canção que trauteávamos na nossa juventude: «A mesma praça /o mesmo banco/ as mesmas flores / e o mesmo Jardim //Tudo é igual!»...
Mas não se trata de lamento, mas sim de uma saudade real e de terna recordação de um tempo ímpar que é a juventude!

Voltando ao presente – de muitos bons momentos também – tirámos algumas fotografias de nós os dois sentados no tal banco no dia do 40º aniversário; para isso, pedimos a um dos escuteiros que orientava um grupo de visita ao Jardim Botânico da velha Faculdade de Ciências de Lisboa na rua Politécnica que fizesse o “clique” da máquina fotográfica que para esse fim havíamos levado connosco. A máquina falhou por falta de energia suficiente; tivemos que nos recorrer ao telemóvel não obstante o escuteiro se ter disponibilizado a fazer a fotografia com a máquina dele e enviar-no-la por “e-mail.” Embora não se tenha revelado necessário, foi um gesto simpático que agradecemos, tendo-lhe passado para as mãos o nosso telemóvel.
Remetidas as fotografias aos filhos, um deles escreveu: “…as fotografias estão lindíssimas. Cá ficamos à espera das dos 50 anos!”
Obrigada! Haja vida e saúde!

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