S.O.S. Telemóvel! Não queremos ouvir conversa alheia!

segunda-feira, 5 de maio de 2025

 

Antes de começar ao que hoje me traz aqui, peço ao leitor e de forma antecipada que me releve o “post” que se segue, pois, trata-se de algo que à primeira vista, pode ser considerado  um não assunto.

Ora bem, apanhei-me a regozijar com a lei, recentemente criada em Portugal, que proíbe e multa conversas de telemóvel em altos decibéis, nos espaços e nos transportes públicos. Ainda bem! Aplausos!

Em boa hora, saiu esta lei porque estava a tornar-se verdadeiramente exasperante nos comboios e nos outros transportes públicos, ter de levar com conversas alheias o tempo todo!

 Eu, confesso-me: muitas vezes, tapei os ouvidos (e fui chamada atenção - com um subtil gesto de desaprovação - pelo Armindo) nos transportes, para não ter de ouvir inconfidências ditas pelo próprio em alto som. Mas o pior é que eu entendia a maior parte destas conversas assim feitas – ora no crioulo das ilhas, ora no português do outro lado do atlântico - desagradável e incomodativo.

Faço votos de que por cá, nestas ilhas, (imitemos também os bons exemplos) e brevemente, haja uma lei que mande baixar o volume de voz (mas baixar mesmo!) das conversas ao telemóvel em espaços públicos.

De facto, não importa o local (até no cemitério!) seja nos serviços do Estado, seja nos bancos, nas clínicas e nos hospitais, levámos, para mal da nossa sorte, com gente a gritar literalmente ao telemóvel, isto é, utentes e funcionários que atendem ao balcão. Todos falam alto ao telefone, como se estivessem na intimidade das suas casas. Tornou-se insuportável!

Infelizmente, criei uma espécie de síndrome de mal-estar quando vejo alguém à espera de ser atendido, tal como eu, num serviço público ou privado, a falar ao telemóvel, pois já sei de antemão, que vou escutar sem o querer, assuntos alheios, o que me indispõe…até cheguei a pensar em recorrer aos bons serviços de algum Psicólogo, pois eu é que devia estar mal, já que quase toda a gente acha normal e não reage aos surtos decibélicos (a palavra não existe, mas apeteceu-me fazer a junção dos vocábulos decibél e bélico)  altíssimos, que por vezes dá a impressão de que os interlocutores estão a brigar um com o outro e não a ter uma conversa amiga ou civilizada.

Para terminar este meu desabafo, de novo reitero os votos de que as autoridades daqui e rapidamente, criem também uma lei similar ao que entrou em uso recentemente em Portugal, de modo que todos possamos ter algum silêncio e sossego, ufa! Nas ruas, nos transportes e nos serviços públicos.

P. S. – Antes de editar este escrito, dei-o a ler a um leitor especial, cujo juízo de análise muito prezo e que me aconselhou a não o publicar, justificando-se da seguinte forma:

1 – É de facto um não assunto.

2- Não constitui tema para os teus escritos.   

Mas apesar do seu - se calhar, prudente e assisado - parecer, decidi publicá-lo mesmo assim..

0 comentários:

Enviar um comentário