Registo aqui uma oportuna informação historicamente verificada de
Gilda Barbosa sobre o ascendente ilustre,Bartolomeu Vieira de Vasconcelos,
sobre quem no artigo anterior, interroguei a razão da vinda dele do Reino para
a ilha do Fogo.
Eis o esclarecimento:
“(...)
1-Bartolomeu Vieira de Vasconcelos
era Capitão (os graus militares da altura não coincidem com os atuais), parece
ter vindo de Lisboa e foi Capitão-mor do Fogo. Casou com Maria Teresa Barbosa
Rebelo, já foguense e bisneta paterna do Capitão Amaro Monteiro Rebelo.
2-Amaro Monteiro de Rebelo, natural
de Lisboa, Capitão (???) para o Fogo, onde casou com Maria Fidalga das Donas,
já foguense, filha de Filipe Correia da Sllva, Capitão e de sua mulher Inês
Barbosa de Andrade. Do Amaro Monteiro de Rebelo sairam os ramos Sacramento
Monteiro e Monteiro de Macedo.
Quase todos os que vieram de Portugal
foram enviados pelo Reino para ocuparem cargos na ilha ou simplesmente para
viverem e povoarem.
3-João de Araújo Gomes, de onde
vieram muitos ramos, era natural do Reino de Portugal, veio ao Fogo em 1784,
residiu no Fogo e desempenhou vários cargos na Guiné Bissau e no Fogo. Com a
autorização do Reino, foi o fundador da Cova da Figueira, onde construiu uma
Igreja.
4-O apelido Barbosa é um dos mais
antigos. O primeiro a usar o apelido foi D. Sancho Nunes Barbosa, filho do
conde D. Nuno de Celanava. O apelido veio da Quinta de Barbosa, na Freguesia de
S. Miguel das Rãs. Apoiavam D. Pedro contra D. Afonso, que ganhou na batalha de
Aljubarrota. Depois, motivos políticos originaram a dispersão da família
Barbosa que assim chegou também a Cabo Verde.
5-A família Vasconcellos é
possivelmente originária do Reino de Leão. João Perre de Vasconcelos, neto de
Martins Moniz, foi o primeiro a usar o apelido. Alguns passaram para a Madeira,
onde casaram com os Medina, originário da Espanha, dando a família Medina e
Vasconcelos, tendo Teodoro Felix de Medina Vasconcelos vindo para o Fogo com a
esposa Ana Joaquina Rosa Santos.
6- Houve um que chegou ao Fogo, vindo
do Reino, por ter havido um naufrágio no sítio de «Ruprera» e, em vez de
seguirem para o Brasil como desejavam, aqui ficaram. Este era um Távora, que
fugia das perseguições em Portugal, tendo suprimido o apelido ficou a chamar-se
Marcelino José Lorge Henriques. Vinha acompanhado de um cavaleiro da casa real,
José Cláudio Mendes Rosado e de sua esposa Isabel Caetana da Fonseca, naturais
do Algarve. Marcelino viria a casar com uma filha deles, Maria do Monte
Fortunata Mendes Rosado. Marcelino desempenhou o cargo de Capitão-Mor do Fogo e
um dos filhos de José Cláudio, João Carlos Mendes Rosado foi o povoador da ilha
de S. Vicente.
Aa origens não vieram só de Portugal
mas também da Espanha: família Roiz; Nozolini e Rian, originários, respectivamente,
da Itália e França, vindos de Tenerife, onde residiam na altura, Spencer, etc.,
etc..
Depois dá uma série de combinações,
através de casamentos. (...)
(...)
com a amizade da
Gilda”
1 comentários:
Olá, à procura de informações sobre Bartolomeu Vieira de Vasconcelos (meu antepassado) e encontrei este artigo. Gostaria de saber de onde a informação sobre BVV que vejo em muitos sites que se citam uns aos outros, há documentos/registos formais? Obrigada pela ajuda
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