Não tenho quaisquer dúvidas sobre o profundo e o indesmentível afecto que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP, nutre pela sua língua, materna, segunda, oficial. É um facto. Como também ser um facto o sentimento de afecto e dos fortes laços tecidos ao longo de uma igualmente longa história comum que unem os mesmos países entre si. Tudo certo e ainda bem que assim é. Só dignifica a CPLP. Mas hão-de convir comigo que algo estranho se passa, no que toca a tomar decisões, que deviam ser de fundo e de peso sobre o presente e o futuro da Língua comum.
Na minha modesta opinião, o tratamento do caso da Língua portuguesa via CPLP, só faz lembrar, mutatis mutandi e com o devido respeito, as já conhecidas e inócuas decisões que saem da UA: Apenas mantenhas inter – pares.
Veja-se o caso do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o IILP. Há já anos que continua à espera de ser o difusor, o rosto activo e visível da expansão da Língua portuguesa entre os falantes da Comunidade e da sua divulgação em fóruns internacionais.
O interessante é que em quase todas as reuniões de alto nível da CPLP saem promessas de que agora é que é. De agora é que chegou a hora de fazer o Instituto Internacional da Língua Portuguesa sair da “letargia” em que se encontra mergulhada. Manda a verdade que seja dita que a baixa «performance» linguística do IILP se deve, e muito, à falta de cumprimento das obrigações dos próprios Estados membros para com o Instituto e a um “travar” – muitas vezes por temerem concorrências fantasmagóricas – as iniciativas, em termos de projectos, pretendidas internamente pela própria instituição que devia ser a mais dinâmica e a mais dinamizada da e pela CPLP.
O que acontece, e infelizmente, é que acabados os encontros dos altos dignitários dos países lusófonos tudo fica entre abraços e promessas depressa esquecidas…até à próxima reunião.
Não sei se tudo isto se deve ao facto de a CPLP não ser uma organização um pouco supra-Estados. Faço-me entender, pudesse funcionar sem ser com os dirigentes dos governos dos Estados membros. É que todos, ou quase todos os responsáveis pelo funcionamento, pelo andamento dos órgãos constitutivos da CPLP e das suas decisões, são nos seus países respectivos, altos dirigentes governamentais e de chefias ministeriais. Logo, naturalmente, demasiado preocupados e ocupados com assuntos internos, prioritários, do país respectivo. Daí que seja relegado para segundo plano tudo ou quase tudo o que à CPLP, e no caso particular ao IILP, diga respeito.
Não seria talvez melhor, a bem da Língua portuguesa, que o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, se a composição da sua Assembleia-Geral (órgão decisor) fosse substancialmente (não unicamente) formada por Linguistas, Gramáticos, Dicionaristas, Lexicógrafos e estudiosos da Língua portuguesa, entre outros especialistas da Língua comum, ao invés de estar sob alçada “exclusiva” de representantes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores dos países membros? Estes, com reduzida margem de erro, até hoje, muito pouco por ele fizeram. E isto para não trazer à colação algo bizarro, e já aconteceu, de um grande Estado membro ter, ou ter tido, no seu Ministério de Relações Exteriores, as questões e o tratamento da Língua Portuguesa abrigados num dos seus mais remotos departamentos, juntamente com as relações que mantinha com a Oceânia, o que não deixa de ser bem ilustrativo da importância dada ao elemento mais importante da CPLP!
Resultado: instalou-se já entre nós, os da CPLP, um certo cepticismo, e uma sentida frustração em crer na realização dos objectivos para os quais fora criado o IILP. E parece que se está sempre à espera que se decrete a sua “liquidação.” E note-se que o que foi dito não pretende afectar e muito menos deslustrar o papel da sua esforçada Direcção.
Faço votos e espero muito sinceramente que tal não aconteça e que o IILP conheça dias mais radiosos e que a Língua portuguesa seja de facto o elo mais forte da CPLP!
Na minha modesta opinião, o tratamento do caso da Língua portuguesa via CPLP, só faz lembrar, mutatis mutandi e com o devido respeito, as já conhecidas e inócuas decisões que saem da UA: Apenas mantenhas inter – pares.
Veja-se o caso do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o IILP. Há já anos que continua à espera de ser o difusor, o rosto activo e visível da expansão da Língua portuguesa entre os falantes da Comunidade e da sua divulgação em fóruns internacionais.
O interessante é que em quase todas as reuniões de alto nível da CPLP saem promessas de que agora é que é. De agora é que chegou a hora de fazer o Instituto Internacional da Língua Portuguesa sair da “letargia” em que se encontra mergulhada. Manda a verdade que seja dita que a baixa «performance» linguística do IILP se deve, e muito, à falta de cumprimento das obrigações dos próprios Estados membros para com o Instituto e a um “travar” – muitas vezes por temerem concorrências fantasmagóricas – as iniciativas, em termos de projectos, pretendidas internamente pela própria instituição que devia ser a mais dinâmica e a mais dinamizada da e pela CPLP.
O que acontece, e infelizmente, é que acabados os encontros dos altos dignitários dos países lusófonos tudo fica entre abraços e promessas depressa esquecidas…até à próxima reunião.
Não sei se tudo isto se deve ao facto de a CPLP não ser uma organização um pouco supra-Estados. Faço-me entender, pudesse funcionar sem ser com os dirigentes dos governos dos Estados membros. É que todos, ou quase todos os responsáveis pelo funcionamento, pelo andamento dos órgãos constitutivos da CPLP e das suas decisões, são nos seus países respectivos, altos dirigentes governamentais e de chefias ministeriais. Logo, naturalmente, demasiado preocupados e ocupados com assuntos internos, prioritários, do país respectivo. Daí que seja relegado para segundo plano tudo ou quase tudo o que à CPLP, e no caso particular ao IILP, diga respeito.
Não seria talvez melhor, a bem da Língua portuguesa, que o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, se a composição da sua Assembleia-Geral (órgão decisor) fosse substancialmente (não unicamente) formada por Linguistas, Gramáticos, Dicionaristas, Lexicógrafos e estudiosos da Língua portuguesa, entre outros especialistas da Língua comum, ao invés de estar sob alçada “exclusiva” de representantes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores dos países membros? Estes, com reduzida margem de erro, até hoje, muito pouco por ele fizeram. E isto para não trazer à colação algo bizarro, e já aconteceu, de um grande Estado membro ter, ou ter tido, no seu Ministério de Relações Exteriores, as questões e o tratamento da Língua Portuguesa abrigados num dos seus mais remotos departamentos, juntamente com as relações que mantinha com a Oceânia, o que não deixa de ser bem ilustrativo da importância dada ao elemento mais importante da CPLP!
Resultado: instalou-se já entre nós, os da CPLP, um certo cepticismo, e uma sentida frustração em crer na realização dos objectivos para os quais fora criado o IILP. E parece que se está sempre à espera que se decrete a sua “liquidação.” E note-se que o que foi dito não pretende afectar e muito menos deslustrar o papel da sua esforçada Direcção.
Faço votos e espero muito sinceramente que tal não aconteça e que o IILP conheça dias mais radiosos e que a Língua portuguesa seja de facto o elo mais forte da CPLP!
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