sábado, 18 de março de 2017
Que fazer com os TACV? – Transportes Aéreos de Cabo Verde

Primeiro vamos ao relato do caso: No voo 4501, e no itinerário, São Filipe – Praia, do dia 12 de Março corrente, ficou em terra, ou seja, não acompanhou os passageiros, cerca de meia tonelada da bagagem.
 Feitas as contas ficaram para trás e sem aviso algum, as malas de vinte e tal passageiros, num voo que terá trazido cerca de 60 passageiros. Chegados à Praia, fomos naturalmente para o tapete das bagagens. Decorridos mais de 35 minutos de espera inútil, dignou-se aparecer um funcionário a informar  displicentemente, de que as nossas bagagens haviam ficado em São Filipe. Toca a formar uma nova “bicha”, desta feita frente ao balcão do chamado “handling”, para deixar a identificação da bagagem não chegada, onde uma, e só uma funcionária, acudia  mais de uma vintena de passageiros,  estes altamente indignados e com razão.
Note-se que mais de 50% dos passageiros, eram turistas, alemães, holandeses e franceses em trânsito, que regressavam da visita à ilha do vulcão. Observei jovens casais com crianças, bebés, desesperados pois nem uma muda de roupa puderam trazer em mãos. E quase todos eles com voos de ligação, no mesmo dia, para os respectivos países.
Digam-me que turismo podemos ter com os TACV?
Enfim, cenas lamentáveis e, se calhar, evitáveis se a nossa transportadora aérea respeitasse mais os passageiros - sua principal e fundamental fonte de receita.
Acontece que a justificação dada muito posteriormente, (foi preciso indagar) foi a de que teria vindo um doente em maca.
 De qualquer forma, todos estranhámos, tal justificação pois os embarques e os desembarques nos nossos pequenos aeroportos são de vista aberta para todos e, no nosso voo, ninguém viu qualquer maca, e nem ambulância à chegada à Praia. Estranho? ...Seria maca, ou “manecom” em maca? (leia-se: em carga) como  alvitrou um passageiro, com muito humor.
 A um outro passageiro ter-lhe-á sido dito que por motivo de fortes ventos, o avião não pôde trazer as bagagens. Acontece é que não houve turbulência durante a viagem. Bizarro? Não é?..
No mínimo, uma situação deveras incómoda à qual, quem de direito, nem se deu ao trabalho de comunicar os passageiros lesados, em tempo útil (e eles eram muitos)...
Ora bem,  voltando ao assunto com seriedade, a questão que se põe é esta: que turismo estamos nós a pensar para estas ilhas?  Que garantias de boas ligações inter-ilhas, com os TACV? Que certeza de os turistas chegarem a tempo e horas e apanhar os voos internacionais de regresso?
Não há por aí alguma ausência de boa organização e de um mínimo de respeito pelo passageiro?
Nos dias de hoje, deve existir, é obrigatório que haja uma estratégia integrada e bem fiscalizada se queremos que turistas nos visitem... caso contrário, vêm cá uma única vez. E no regresso ao país de origem, informam os amigos e conhecidos para não colocaram Cabo Verde nas suas rotas, pois, os TACV não dão garantias, de eles preencherem os dias de forma programada. 



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