Que fazer com os
TACV? – Transportes Aéreos de Cabo Verde
Primeiro vamos ao relato do caso:
No voo 4501, e no itinerário, São Filipe – Praia, do dia 12 de Março corrente,
ficou em terra, ou seja, não acompanhou os passageiros, cerca de meia tonelada
da bagagem.
Feitas as contas ficaram para trás e sem aviso
algum, as malas de vinte e tal passageiros, num voo que terá trazido cerca de
60 passageiros. Chegados à Praia, fomos naturalmente para o tapete das
bagagens. Decorridos mais de 35 minutos de espera inútil, dignou-se aparecer um
funcionário a informar displicentemente, de que as nossas bagagens haviam ficado
em São Filipe. Toca a formar uma nova “bicha”, desta feita frente ao balcão do
chamado “handling”, para deixar a identificação da bagagem não chegada, onde
uma, e só uma funcionária, acudia mais
de uma vintena de passageiros, estes altamente
indignados e com razão.
Note-se que mais de 50% dos
passageiros, eram turistas, alemães, holandeses e franceses em trânsito, que
regressavam da visita à ilha do vulcão. Observei jovens casais com crianças,
bebés, desesperados pois nem uma muda de roupa puderam trazer em mãos. E quase
todos eles com voos de ligação, no mesmo dia, para os respectivos países.
Digam-me que turismo podemos ter
com os TACV?
Enfim, cenas lamentáveis e, se
calhar, evitáveis se a nossa transportadora aérea respeitasse mais os
passageiros - sua principal e fundamental fonte de receita.
Acontece que a justificação dada
muito posteriormente, (foi preciso indagar) foi a de que teria vindo um doente
em maca.
De qualquer forma, todos
estranhámos, tal justificação pois os embarques e os desembarques nos nossos
pequenos aeroportos são de vista aberta para todos e, no nosso voo, ninguém viu
qualquer maca, e nem ambulância à chegada à Praia. Estranho? ...Seria maca, ou “manecom”
em maca? (leia-se: em carga) como alvitrou um passageiro, com muito humor.
A um outro passageiro ter-lhe-á sido dito que
por motivo de fortes ventos, o avião não pôde trazer as bagagens. Acontece é
que não houve turbulência durante a viagem. Bizarro? Não é?..
No mínimo, uma situação deveras
incómoda à qual, quem de direito, nem se deu ao trabalho de comunicar os
passageiros lesados, em tempo útil (e eles eram muitos)...
Ora bem, voltando ao assunto com seriedade, a questão
que se põe é esta: que turismo estamos nós a pensar para estas ilhas? Que garantias de boas ligações inter-ilhas,
com os TACV? Que certeza de os turistas chegarem a tempo e horas e apanhar os
voos internacionais de regresso?
Não há por aí alguma ausência de
boa organização e de um mínimo de respeito pelo passageiro?
Nos dias de hoje, deve existir, é
obrigatório que haja uma estratégia integrada e bem fiscalizada se queremos que
turistas nos visitem... caso contrário, vêm cá uma única vez. E no regresso ao
país de origem, informam os amigos e conhecidos para não colocaram Cabo Verde
nas suas rotas, pois, os TACV não dão garantias, de eles preencherem os dias de
forma programada.
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