Antes de mais peço encarecidamente aos caros “bloguistas,” companheiros da “blogosfera” que difundam este apelo, ou escrevam outro de teor similar, pois é grave o problema.
Pertenço ao grupo de cidadãs que vive hoje em dia, com medo de sair à rua a pé, para ir às compras, para visitar familiares e amigos, ou simplesmente, para fazer a marcha bem recomendada a favor da saúde.
E digo isto porquê? Porque vivo numa cidade de alto risco – a cidade da Praia.
Faço parte de um significativo grupo de cidadãs que sai de casa temerosa, receosa e preocupada com a integridade física; se a trará intacta de volta ao lar, ou se não será maltratada; ou não ficará nas mãos de marginais e de bandidos que pululam com um à-vontade simplesmente espantoso, por qualquer rua ou esquina da Capital.
Raros são os dias em que se não tem notícia de mulheres amigas, conhecidas ou não que são assaltadas e magoadas, por vezes severamente, ou mesmo mortas por marginais em plena via pública!
Os bandidos, os assaltantes, os chamados “thugs” tomaram conta dos bairros residenciais desta cidade. São eles os que assaltam sobretudo, as mulheres.
Ferem-nas, matam-nas, deixam-nas com sequelas para o resto da vida para sacar-lhes insignificâncias – carteira, telemóvel, dinheiro, jóia ou outros objectos.
Sim, todos os bairros da cidade – capital são de alto risco! Do Palmarejo, a Achada Santo António, passando pelo Ténis, Monteagarro, indo até à Fazenda, a Achadinha, ou centrando no “Plateau”. Em suma, todas as ruas são de risco para qualquer mulher que ande a pé nesta cidade, infelizmente com igual relevo para qualquer sítio que ela pise.
Faço este apelo às autoridades policiais desta cidade que elejam como prioridade das prioridades, a segurança dos cidadãos, no caso, das cidadãs – os alvos preferenciais dos delinquentes que andam à solta nas ruas da cidade! Que reforcem a chamada polícia de “giro” que a gente a veja a circular perto dos nossos bairros, das nossas ruas. Que saiam dos gabinetes, quanto antes!
Um grande Basta! A esta triste estatística que coloca o homicídio como uma das primeiras causas de morte na cidade da Praia e nos seus arredores.
Infelizmente, pelas minhas contas, e a cada fim-de-semana nesta cidade corresponde a dois ou três homicídios. Para onde vamos?!
Por último, um apelo aos Políticos nacionais: não façam demagogia com bandidos.
A reinserção social, que é coisa outra, ela é muito necessária e fortemente desejada na nossa sociedade de tantas carências. Mas atenção, só surtirá efeito num quadro próprio e adequado.
Isto é, com trabalho técnico específico e direccionado ao objectivo, nomeadamente, com o envolvimento de Assistentes sociais e religiosos, de Psicólogos, entre outros. De contrário, qualquer intromissão demagógica de confraternização com delinquentes, soa mesmo a demagogia muito, muito óbvia e sem qualquer efeito transformador ou positivo para os transgressores ou para a sociedade.
A terminar mesmo, reitero e agradeço antecipadamente aos caros companheiros da blogosfera, que façam a difusão deste ou, de outros apelos similares no sentido de conseguirmos uma voz maior e indignada contra este flagelo que se está a alastrar-se na cidade da Praia.
P.S. : E não me venham dizer que não é possível ou que é muito difícil. Rudy Giuliani, numa cidade de quase 20 milhões de habitantes – Nova Iorque – reduziu a criminalidade em 57% e os homicídios em 65% tornando-a durante o seu reinado numa das cidades mais seguras do mundo. Podem argumentar que ele possuía meios. Concordo. Mas se os responsáveis políticos nacionais, a comunidade, elegerem esta tragédia citadina chamando-lhe isto mesmo, estou certa de que se conseguirá uma estratégia eficaz de combate à criminalidade de rua e de segurança dos cidadãos.
1 comentários:
Anónimo disse...
Somos tão poucos, já é tempo de acabar com esses vândalos que pululam a nossa cidade; o triste é que todos sabemos quem é quem, e o medo, ou seja, sabemos de quem são filhos, de nossos amigos (as), vizinhos parente e ficamos calados, ou seja, coniventes, enquanto a tristeza ou azar não nos bater à porta
P Moreira Brockton
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