Antes de mais os votos de um bom 2012, para todos, com muita saúde, paz e afecto.
Espero que este ano se veja menos meninos na rua. Que este novo ano traga algo de mais substantivo e eficaz para se retirar a criança da rua!
Tirá-la das portas dos supermercados, das lojas e dos recintos de venda. Perguntar, indagar, procurar pelo pai, pela mãe, pela família ou por quem se responsabilize por essa criança que está na rua de manhã à noite, que não vai à escola em idade escolar, que está sem cuidados mínimos devidos a um ser em formação e que se pressente que nela eventualmente se estará a forjar um futuro delinquente, um marginal, um “thug” infernal, em suma, um bandido!
Não, não podemos tolerar isso! É o futuro do cidadão que está em jogo. É uma vida que se perde e que podia ter tido outro destino.
A família é a primeira responsável pela criança que trouxe ao mundo! Todos sabemos bem isto. Há que ser altamente responsabilizada se não cumpre com uma obrigação e um dever dos mais sagrados e cívicos que existem!
Mas o Estado também, através do sector que cuida da criança e da família, deve agir com mais firmeza, na defesa da criança. Não há votos que valham se continuarmos com tantas crianças em insegurança! Bem sei que existem algumas instituições públicas de acolhimento de crianças em risco, embora insuficientes para acudir ao número crescente delas.
É triste assistir a um tal fenómeno numa sociedade que pretende erigir cidadãos responsáveis, como o mais alto desígnio da nação.
As nossas leis devem começar por punir quem transgrida, deixando ao “Deus dará,” abandonando ou, mesmo mandando para a rua, à sua inteira sorte. Melhor dito: inteira desdita, um ser indefeso.
E isto é o dia-a-dia na cidade onde vivo. É vê-las, as crianças abandonadas, pelas ruas, logo pela manhã, sem destino, pedindo dinheiro e comida a quem passe por perto.
Por outro lado, gostaria de ver implantada nestas ilhas, uma verdadeira política de controlo de natalidade para se responsabilizar de facto, os progenitores. Com leis a sério sobre a matéria.
Enquanto se continuar a trazer ao mundo seres sem serem minimamente queridos ou desejados, sem terem progenitores que olhem por eles e que cuidem deles, sem serem capazes de os sustentar, mandando-os para a rua, enxotando-os porta fora, como se fossem crias animais; enquanto se mantiver este estado de coisas, a nossa sociedade estará enferma. Doente, inquinada e muito mal.
Basta de irresponsabilidade parental! É uma grande chaga social.
Que 2012 seja um ano em que se inicie de facto, o processo de retirada das crianças da rua. São os meus mais veementes e os mais sinceros votos para o novo ano!
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