A propósito de mais um aniversário do Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP, recentemente comemorado, foi pretexto para o seu actual Presidente oferecer um simpático Pequeno-almoço ou um Café da manhã, que foi igualmente ocasião para, à volta da mesa, os convivas conversarem e, dialogarem sobre o passado e o presente do IILP.
Para mim, sobressaiu desde logo, a notícia – que achei muito interessante – de que se está a criar algum consenso entre os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, igualmente países integrantes do IILP, de denominarem as línguas escritas e faladas em cada um dos países com um registo nacional.
Assim, serão Línguas angolanas, o português, o Umbundu, o Kimbundo, entre outras línguas vivas angolanas. Situação idêntica para o Brasil, ao chamar os seus idiomas (que se descobriram numerosos, a par do português) de Línguas brasileiras. Em Portugal já se sabia que o português e o mirandês são línguas nacionais.
Na mesma linha, fomos informados de que Cabo Verde pretende passar a denominar o português e o crioulo como Línguas cabo-verdianas.
Creio que esta solução é sensata e que servirá talvez melhor os interesses dos seus falantes. Para além de – acredito – apaziguar muitas das polémicas e dos constrangimentos de vária ordem que têm surgido em matéria de definir a língua nacional, a(s) língua(s) materna(s), a língua oficial, quer nas Constituições de cada Estado, quer em outros documentos especializados dos países falantes “oficial” da língua portuguesa.
Refiro-me particularmente e sobretudo, às dificuldades nesta matéria, dos países do chamado PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) os quais conheceram novas e, por vezes, complexas situações linguísticas após a independência, e que querem preservar e consagrar esse imenso património linguístico encontrado.
É minha convicção também de que a Língua Portuguesa continuará a ser a língua de união e a língua fundamental para se veicular o ensino aos cidadãos da CPLP.
Parabéns ao IILP, por mais um ano de funcionamento, de percurso algo trabalhoso e por vezes mal compreendido, mas também de afirmação paulatina e positiva em prol da língua comum.
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