O título com uma configuração quiçá “neológica,” pois que alvissareira deve derivar de alvíssaras, notícias, novas dadas com algum estardalhaço, foi-me sugerido pelo desassossego, pelo mal-estar provocado entre os familiares e próximos do escritor Luís Romano que o sabem vivo e que um jornal desta nossa praça, efabulista por natureza, numa notícia de muito mau gosto, resolve anunciar a morte do poeta, ensaísta e romancista cabo-verdiano, em primeira página. A efabulação foi a tal ponto que até lhe inventaram um novo curriculum. Fizeram do nosso Luís Romano, companheiro de Mário Soares e de Manuel Alegre em Argel. Tanto quanto se sabe, Romano nunca esteve em lides políticas em Argel e muito menos perseguido pela PIDE, como vinha na notícia títere. Viveu sim, alguns anos em Marrocos, onde trabalhou como técnico de salinas.
Enfim, a todos nós chegará o dia. Certíssimo. Mas quando chegar! São das tais coisas que não devem ser precipitadas, pois não há emenda que as redime. Nem sempre o querer ser mais alvissareiro do que o jornal vizinho, foi sinónimo de notícia séria. E o resultado, deu no que deu: toda uma família em polvorosa! Sejamos honestos e prudentes na informação para merecermos alguma credibilidade.
Enfim, a todos nós chegará o dia. Certíssimo. Mas quando chegar! São das tais coisas que não devem ser precipitadas, pois não há emenda que as redime. Nem sempre o querer ser mais alvissareiro do que o jornal vizinho, foi sinónimo de notícia séria. E o resultado, deu no que deu: toda uma família em polvorosa! Sejamos honestos e prudentes na informação para merecermos alguma credibilidade.
1 comentários:
Penso que foi oportuno o artigo. Houve, na realidade, uma enorme insensatez publicar uma notícia deste teor sem uma fonte de absoluta confiança.
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