Nos dias que correm, brada aos céus a ausência de um «saber, e de um saber fazer” no atendimento do funcionário ou do trabalhador da função pública das nossas instituições públicas. O constrangimento é que o utente se apercebe logo – através da inexistência de uma linguagem adequada e específica – de que está perante um interlocutor pouco informado. Logo, pouco preparado e capacitado para lhe responder e para o esclarecer sobre o assunto que ali o levou.
E isto está-se a tornar regra no funcionalismo público nacional. Naturalmente que salvaguardo e cumprimento as excepções.
Um dos exemplos que seria caricato, não fosse a má imagem que transmite do serviço público, começa na base, isto é, na maneira como alguns, para não dizer muitos telefonistas nos atendem quando ligamos para os serviços do Estado ou organismos públicos. Ao invés de anunciarem, acto contínuo, o nome da instituição para o qual o cidadão ligou, respondem como se da casa deles ou delas se tratasse. Com um familiar e pouco próprio, para não dizer, pouco correcto, tratando-se do telefone do serviço: «Sim...im..im!» prolongado e íntimo, como se fosse telefone pessoal. E isto quando não resolvem atender, exclamando o já célebre: «É quenha?!».
De tal modo funciona assim que muitas vezes me sinto obrigada a certificar-me se de facto marquei correctamente o número do telefone da instituição ou do serviço para o qual pretendi ligar, ou se me enganei para uma casa particular.
Não haverá, por um feliz acaso, alguém mais ilustrado nos serviços públicos nacionais capaz de pôr a circular uma fórmula simples de como se deve atender o telefone? Custa acreditar!
Para quando um retomar o orgulho e o brio desta classe socioprofissional – o funcionário público – que já foi referência
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