Até
sempre Zito!
Ao
companheiro do “Blog”. «Arrozcatum»
Do Zito guardo a lembrança do seu indesmentível afecto por Mindelo, sua terra
considerada e na extensão, à ilha Brava por causa do amor/eleito pela mulher, natural da ilha de Eugénio Tavares, o poeta/compositor de quem
o Zito tão bem entoava as mornas.
Neste
momento, as palavras devem ser contidas e, se calhar, melhor “falará” o nosso
silêncio carregado de boas memórias dos textos do «Arrozcatum» ponto de
encontro e de são convívio criado pelo Zito, de seu nome completo: José Manuel
Faria de Azevedo.
Mindelo
foi a sua terra. Terra onde se criou, estudou, trabalhou e fez-se homem. Ali casou e teve os filhos.
Não
correria em grandes margens de erro ao dizer que naquela cidade, Zito terá
passado os momentos mais significativos de uma vida.
Zito
guardava uma mágoa muito grande: o de ter sido expulso da sua terra sem razões
plausíveis, sem lógica alguma. Ele sentiu-se completamente injustiçado por
aqueles que nos tempos conturbados de 1974/75, se achavam os únicos “donos” e
senhores mandões de Cabo Verde, com poderes sem limites sobre os outros
cidadãos.
Zito,
interrogou-se sempre e questionava sem resposta, o porquê da sanha havida ao
tempo contra ele? A razão da sua expulsão - na altura sem remédio - da sua bela
e querida ilha de S. Vicente?... Ninguém lhe respondeu (!?)...
A
resposta (se alguma vez acontecer, tenho sérias dúvidas.) agora pecaria por
tardia, pois infelizmente, Zito já não
está entre nós.
Que ao
menos que a injustiça havida e o mal acontecido sejam algo que, sobretudo, os que cometeram tamanha
torpeza, e estejam vivos, sobre isso meditem e peçam perdão.
Mas
lembremos aqui e agora o Zito do «Arrozcatum» de excelentes textos, de
histórias alegres e de memórias interessantes, por ele narrados, das belas fotografias de Cabo Verde e das
mornas que ele passava em rodapé,do seu “Blog,” e connosco partilhava.
Até
sempre Zito! «Coral Vermelho» te saúda!
Descansa
em paz!
P. S. A fotografia é da autoria de Joaquim Saial do «Praia de Bote», e foi tirada no dia 11 de Julho, Verão de 2016, durante o almoço/convívio no restaurante da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, na Baixa lisboeta. Convivas: Zito, Valdemar, Adriano, Joaquim Djack, Carmo e Ondina.
2 comentários:
Louvo a "onda" que fez com que nos encontràssemos nesse dia e nesse lugar que ficarà para sempre na nossa memôria.
Até sempre !!!
Obrigado pela estima cara Ondina. Foram em parte, estas cultivadas amizades e reiterada e comungada paixão por São Vicente e as suas gentes, que mantiveram o meu pai mais próximo do que realmente o fazia feliz!
Enviar um comentário